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Estado avalia transporte hidroviário de cargas

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O secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, e integrantes da Força-Tarefa Intermodal para o desenvolvimento do transporte hidroviário debateram, nesta quarta-feira (11) à tarde, na Fiergs, em Porto Alegre, os principais gargalos e possíveis soluções para a expansão no Estado desse modal de deslocamento de mercadorias. A força-tarefa resulta de convênio de cooperação técnica entre os governos do Rio Grande do Sul e da Holanda. Em relação a ações de curto prazo, foram examinados os passos necessários para a utilização do porto da Capital como terminal de movimentação de contêineres, com destino, via barcaças, ao Porto do Rio Grande. Conforme estudo do grupo, o terminal de Porto Alegre possui área disponível de 36 mil metros quadrados, com potencial de expansão de mais 24 mil metros quadrados, e capacidade de 2500 a 3000 TEU’s (medida equivalente a contêiner de 20 pés). “Queremos criar com segurança uma linha regular entre Porto Alegre e Rio Grande. O trabalho em si é uma grande conquista, porque agora sabemos exatamente onde estão os gargalos”, afirmou Andrade.

Para viabilização do empreendimento na Capital é preciso a instalação de guindaste, estabelecimento de padrões mínimos de carga e licitação para implantar o terminal, com autorização pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O grupo sugeriu que a operação inicial de contêineres aconteça na área pública do Porto de Porto Alegre enquanto transcorrer o processo licitatório do novo terminal. Na reunião, o superintendente de Portos e Hidrovias, Gilberto Cunha, apresentou ainda ações relativas aos portos de Pelotas e Cachoeira do Sul, administrados pelo governo estadual, e de Estrela, de responsabilidade da União.

No encontro também foram detalhados o fluxo hidroviário de granéis (arroz, soja, trigo e milho) e, principalmente, medidas que tornem competitivo o desembarque de contêineres no Porto do Rio Grande, com o uso de janelas de atracação específicas para barcaças. “O foco mais rápido deve ser o transporte de contêiner por hidrovia”, defendeu o presidente da Associação dos Portos de Amsterdã (Amport) e consultor da força tarefa, Wim Ruijgh. O diretor de projetos do NEA Transport (instituto holandês de pesquisas internacionais na área de transportes), Harrie de Leijer, propôs que, no curto prazo, sejam identificados os volumes potenciais de carga em cada porto, assegurando fluxo pleno de mercadorias na ida e na vinda de cada barcaça, e, no longo prazo, que ocorram modificações na legislação para incentivar as empresas a se instalarem próximas aos rios. “A hidrovia é o transporte mais limpo”, ponderou.

Também participaram da reunião o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, o empresário Humberto Busnello e Gilmar Caregnatto, da Fiergs. Também integram a força-tarefa o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, e os empresários David Randon e Jorge Gerdau Johannpeter.

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