Os secretários de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, e de Governo, Delson Martini, reuniram-se, nesta quarta-feira (5), no Palácio Piratini, para definir estratégias visando à criação de comissão parlamentar em defesa da energia eólica. O grupo, formado por parlamentares estaduais e integrantes da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, teria como foco negociação com o governo federal na busca por realização de leilões por fonte de energia, com objetivo de tornar viáveis investimentos voltados para o setor no Rio Grande do Sul.

Conforme Martini, no formato em que atualmente se desenvolvem os leilões de energia, com diversas fontes juntas, a eólica deixa de ser opção atraente, em conseqüência do preço elevado que as demais. “No momento em que forem autorizados leilões por fonte, a eólica passa a ter a mesma competitividade das demais, incentivando empreendimentos no setor”, avalia ele. O Rio Grande do Sul tem potencial de geração eólica de 15 mil megawatts (MW) e detém o maior parque eólico da América Latina, com geração de 150 MW. Outras vantagens desse tipo de energia, além da proximidade do Estado com 80% do mercado consumidor do país, regiões sul e sudeste, é o fato de a indústria gaúcha possuir capacidade de produzir equipamentos para o setor.

Outro assunto acertado entre os secretários é estruturação de grupo de trabalho para acompanhamento do projeto da usina hidrelétrica de Garabi. O tema foi incluído na pauta da reunião dos presidentes do Brasil e da Argentina, ocorrida no último dia 23, em Buenos Aires, a pedido da governadora Yeda Crusius, por ocasião de agenda com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, dias antes, em Brasília.