Investimento de R$ 1 bilhão em rodovias impulsiona economia
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A aceleração dos programas do Governo do Estado para investimentos em rodovias vem impulsionando toda a economia rio-grandense, com o aumento da demanda de equipamentos, asfalto e pessoal. O aporte na área de infraestrutura rodoviária beneficia também a produção agrícola, porque leva pavimentação a municípios que ainda não possuíam estradas asfaltadas e, portanto, não tinham como escoar o que produzem.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, garante que o ano de 2010 trará ao Rio Grande do Sul o maior orçamento da história em investimentos em infraestrutura. "Vamos atingir a marca de R$ 1,6 bilhão entre estradas e setores de energia, carvão e fluvial", informa. Somente no segmento rodoviário, o investimento previsto do Governo do Estado chega a R$ 1 bilhão.
Segundo o coordenador do Conselho de Infraestrutura da Fiergs (Coinfra), Ricardo Portella Nunes, algumas regiões não produzem porque não possuem estradas pavimentadas. "O preço do frete é quase cinco vezes maior para estradas sem pavimentação. Este fator inviabiliza a comercialização de qualquer produto. O frete barato aumenta a produção e incentiva a competitividade. Onde tem estrada pavimentada, tem produção agrícola ", argumenta.
Nunes avalia que os investimentos estaduais produzirão 50 mil novas vagas no setor, entre empregos diretos e indiretos: "Existem, hoje, 35 mil trabalhadores diretos nesse setor. A previsão é de que o número aumente para 45 mil. Contamos, para cada emprego direto, cinco indiretos. Se o governo atingir a sua meta, será o maior investimento da história no setor". O Coinfra identifica as necessidades na área de infraestrutura e fomenta as indústrias locais para garantir o aumento da competitividade no Estado.
Dificuldades na aquisição de máquinas, equipamentos e cimento asfáltico são hoje uma realidade, porque as obras aumentaram e a demanda superou a produção industrial. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Produção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em geral (Sicepot/RS), Athos Cordeiro, em relação ao cimento asfáltico, as empresas estão tentando se adaptar.
"Somente em função do programa estadual, a Petrobras, que há algum tempo produzia sete mil toneladas mensais, está triplicando a produção para 20 mil toneladas", exemplifica. Cordeiro avalia que as empresas que constroem, gerenciam e finalizam as estradas estão aptas a enfrentar este novo desafio - uma realidade trazida pelo grande investimento na melhoria e na expansão da malha rodoviária.