Siemens detalha planos para gaseificação do carvão mineral gaúcho
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Reunidos na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra) nesta terça-feira (25), representantes da Siemens apresentaram ao Governo do Estado o detalhamento dos projetos para gaseificação do carvão mineral de Candiota. O diretor de gaseificação da Siemens, Harry Morehead, relatou as potencialidades da empresa para elaborar os estudos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) que devem direcionar a melhor aplicação do carvão gaúcho e os derivados provenientes da gaseificação.
Presente no encontro, o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin, ressaltou as limitações logísticas enfrentadas pelo Estado que acentuam sua dependência energética. Segundo ele, a gaseificação pode ser a solução a este quadro, além de atrair investidores interessados no amplo conjunto de produtos originados no processo.
Ao elencar as empresas estatais com potencial para integrar o processo, Pellegrin sugere que sejam estabelecidas parcerias que demonstrem a predisposição do Governo do Estado em apoiar investimentos: "Devemos buscar empresas que se comprometam com os custos em troca da promoção de seus interesses. Para isso oferecemos os braços do Estado para compor a viabilidade econômica".
Para o presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e proponente do estudo, Elifas Simas, o interesse da Companhia é fornecer o carvão e cabe ao governo escolher o melhor caminho e tecnologia. Conforme a Siemens, o estudo inicial de viabilidade pode levar até seis meses e os custos totais para implantação de uma usina de gaseificação ficam em torno de US$ 3 bilhões. O tempo para execução de um projeto para gaseificação é de cerca de seis anos.